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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Sinopse - Um lugar abaixo do céu -



Será que é somente em uma tela de cinema que acontecem coisas aparentemente inexplicáveis?
Existe muita gente abaixo da imensidão do céu. E se por acaso alguma delas fossem gêmeas que se fingiam ser uma pessoa só? Você iria me dizer que isso é loucura, mas você já parou para pensar que as pessoas fazem loucuras todos os dias?
Isaac, Pedro e Clara são protagonistas de histórias que pensam ser somente de cinema, pelo menos Clara pensa assim, mas a vida vai lhe mostrar que ela está errada. E para viver isso ela vai precisar passar por desafios a cada dia, seja pelo ameaçador Pedro ou pelo seu amor por Isaac.  Segredos serão revelados e ela vê sua vida calma e pacata ser mudada para sempre.

Embarque nesse romance de cinema com eles se você também vive em um lugar abaixo do céu.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Capitulo 4





Eu acordei depois do que eu achava ser poucos minutos. No meu subconsciente eu só pensava em me levantar do meio da estrada mesmo eu me sentindo um pouco tonta e enjoada. Mas quando abri os olhos vi que eu não estava mais no meio da rua. Na verdade essa não era a última coisa de que eu lembrava, era a única coisa que eu me lembrava, como se a minha vida inteira se resumisse ao acidente, por mais que eu tentasse não conseguia lembrar de um outro único fato da minha vida.
Vi umas pessoas em volta de onde eu estava deitada, sentadas em um sofá no canto esquerdo do quarto. Fiquei pensando o que estava fazendo ali. Tentei perguntar o motivo para uma daquelas pessoas, foi aí que percebi que eu não conseguia porque tinha um cano em minha boca. Fiquei mais confusa ainda. O que um cano estaria fazendo em minha boca?
Uma das pessoas que estava sentada, uma mulher para ser mais exata viu que eu acordei e se levantou me encheu de beijos e falou que ia chamar a enfermeira. Enfermeira? Eu estava em um hospital? Quem é essa mulher e porque ela me deu muitos beijos e ficou tão feliz por mim ter acordado? Estou me sentido cada vez mais confusa.
- Muito bem mocinha vamos fazer alguns exames para ver se já podemos te desentubar e como está a sua situação. Vou chamar o doutor. – A enfermeira saiu do quarto deixando um pouco mais clara a situação.
Vejamos, eu já sabia que realmente eu estava em um hospital e sabia que porque tinha um cano em minha boca. Mas havia muitas coisas para serem esclarecidas. Enquanto eu tentava procurar uma resposta para essas perguntas o médico entrou no quarto com mais alguns enfermeiros que me levaram para tirar aquele tubo e fazer vários exames.
Depois de vários raio-x, tomografias, exames de sangue, exames daquilo e exames disso voltei para o quarto.
- Que bom que você voltou. Está tudo bem com ela doutor? – Era a mesma mulher que estava hoje cedo aqui. Mas quem era ela? Eu não conseguia me lembrar.
- Ai Clarinha que bom que você acordou meu amor. Estou tão aliviada agora. – Enquanto ela falava eu devo ter olhado com uma cara de confusa para ela porque ela percebeu algo errado.
- Que... – eu não conseguia terminar a frase, estava muito fraca.
- Não fale nada meu amor. Tente dormir um pouquinho, isso vai fazer você se sentir melhor.
- Quem é vo... - tentei novamente falar alguma coisa ignorando o que ela disse antes. - você?
- Quem sou eu Clarinha? Você não está se lembrando de mim? – Ela falava e várias lágrimas começaram a correr dos seus olhos. - Pensei que você pudesse esquecer de todos, mas de mim você lembraria...
Comecei ter uma súbita pena por ela, eu não queria a magoar mas realmente eu não a reconhecia. Para mim ela é tão estranha como qualquer outra enfermeira ali. Mas para ela eu sou muito importante.
Ela saiu do quarto chorando. Antes de sua saída tive tempo de olha-la novamente dessa vez bem no fundo dos seus olhos e como se fosse um clarão na minha mente eu lembrei. Ela era a minha mãe. Como eu pude fazer isso com ela? Porque eu não lembrei dela antes? Sou uma filha muito desnaturada mesmo. Fiquei com um aperto no coração, mas eu não podia fazer mais nada a não ser esperar ela voltar.
Alguns minutos se passaram e eu lutava para esperar ela acordada, eu estava muito cansada mas resisti.
- Mãe. – Foi só isso que eu tive tempo de falar ela veio e me encheu de beijos e abraços e depois começou a chorar de novo mas agora eu sentia que era de emoção.
- Minha filha amada, pensei que você estivesse esquecido de mim. Que bom que você se lembrou, que bom...Mas agora descansa, o médico disse que você precisa dormir e descansar. – Ela disse isso me tampou apesar de não estar muito frio e apagou a luz afinal já era de noite. Não me lembro de ter perguntado por quanto tempo eu tinha ficado desacordada, mas só sei que dormi de novo.
Tudo foi tão estranho eu não me lembro direito do acidente, mas eu sonhei coisas horríveis. Me acordei várias vezes no meio da noite assustada, estava em um sono tumultuado até a hora que uma enfermeira entrou no quarto e me deu um remédio. Não sei que horas eram, mas depois disso dormi muito bem até o outro dia.
Acordei com a enfermeira aplicando remédio em um tubinho que estava em minha veia. Estava me sentindo um pouquinho melhor e me lembrei do dia seguinte um aperto imediato veio no meu coração. Eu não lembrava de muita coisa que eu vivi antes do acidente. Estava ficando nervosa com essa situação. Eu quero saber quem eu sou.
- Mãe, quantas horas demorou para mim acordar depois do acidente? – Perguntei enquanto comia uma gelatina que não tinha muito gosto.
- Tem certeza que você quer falar disso agora? Você está muito fraca ainda.
- Tenho certeza mãe, eu estou bem.
- Você não demorou horas para acordar. – Quando ela falou fiquei aliviada isso quer dizer que fiquei desacordada apenas por alguns minutos -  Você demorou exatamente 23 dias para acordar, você estava sedada. – Minha mãe disse com um ar pensativo e meio triste.
- 23 dias? Porque eu estava sedada? Eu não me lembro de muita coisa. – Avia um certo pavor em minha voz.
- Você saiu correndo lá de casa depois de uma discussão e atravessou a rua sem olhar. Era a avenida na frente de casa e vinha um carro em alta velocidade e te atropelou. O Isaac estava lá na hora e tentou te salvar, ele puxou o seu braço e te salvou talvez da morte. Mesmo assim o carro te atingiu, menos é claro. Quando a ambulância chegou você já estava inconsciente, eles te levaram rápido para o hospital logo fizeram vários exames e constataram que você bateu com a cabeça em uma pedra e teve traumatismo craniano onde formou-se um coagulo de sangue que foi retirado com uma cirurgia. Como o seu estado era grave você foi sedada até ficar melhor. E graças a Deus agora você está bem quase sem nenhuma sequela, a não ser por um pouco de falta de memória do que aconteceu antes do acidente, mas o doutor Farias disse que é normal e que vai voltando aos poucos. Você se recuperou muito rápido, mas vai ter que ficar internada por mais alguns dias ainda.
Agora eu estava me lembrando melhor, foi por isso que eu tinha dito Isaac, a última coisa que vi foi ele me puxando pelo braço. Eu devia a minha vida a ele? Eu me lembro claramente dele, mas sinto algo ruim perante ao Isaac. Não lembro exatamente o porquê só sei que ele me fez mal.
Neste momento alguém bateu na porta e minha mãe foi abrir, mas era uma visita que eu não queria ter. Não naquele momento, eu estava sem forças para brigar. E para piorar a situação a minha mãe disse que ia tomar um café e nos deixou sozinhos.
- Clara, que bom que você está melhor. – Isaac falava como se nada tivesse acontecido ates do acidente. Sim agora eu lembro da briga, de tudo. Ver ele clareou a minha mente.
-  Isaac, muito obrigada mesmo por ter salvo a minha vida, eu já sei de tudo. Te agradeço mas não é por isso que vamos voltar a sermos amigos ainda estou muito magoada com você. Agora você deve ser também o herói da escola então aproveite a sua fama, eu sei que era tudo o que você queria. Então não fique vindo me visitar, eu já estou bem, já não corro mais risco de vida.
- Não fale assim comigo Clara. – Ele chegou mais perto e pegou a minha mão. – Eu não devia ter feito aquilo, me perdoe. – Falava olhando bem no fundo dos meus olhos, aqueles olhos verdes me magoaram muito, mas ainda mexiam comigo. – Me perdoe, por favor daqui pra frente eu serei diferente. Você não sabe a dor que eu senti te vendo desmaiada no chão toda cheia de sangue, fiquei desesperado. Todo dia depois da aula eu vinha aqui passar as tardes com você enquanto sua mãe e seu pai trabalhavam. Quando soube que você estava acordada vim correndo para cá. Eu não sei porque mas me sinto bem ao seu lado. E se eu fiz o que fiz antes do acidente é porque não sabia o quanto você significava para mim.
O que eu ia falar com uma revelação dessas? Eu estava confusa. O perdoava ou não? Ele tinha me magoado muito, mas aquelas palavras tinham adoçado o meu coração.
- Tudo bem Isaac prometo que eu vou pensar.
Quanto eu falei isso ele voltou a olhar bem no fundo dos meus olhos. Dessa vez acho que nos dois estávamos imóveis, mesmo assim ele foi aproximando o seu rosto do meu devagarinho, até que a minha mãe entrou no quarto quebrando o clima. Reluto em dizer essa palavra, mas acho realmente que foi isso que aconteceu. Ele então me deu um beijo na bochecha.
- Tchau Clara, eu venho te visitar novamente e quero saber a sua resposta. – E então ele saiu.

Eu gostaria da opinião sincera de vocês...por favor comentem!
Agradeço desde já!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Rumo ao Sucesso





Capitulo 3


- Clara minha filha como você foi me envergonhar tanto assim? Eu ainda não estou acreditando no que os meus olhos estão vendo. Nunca pensei que você fosse capaz disso.
- Mas eu não fiz isso mãe, olha a prova eu fiz todo o resumo do trabalho tudo certo, essa foto é somente uma montagem. Mãe acredite em mim.
- Por favor Clara pelo menos assume o que você fez, isso pode melhor um pouquinho a sua situação. – Dessa vez era o meu pai que falava. Ou melhor gritava.
Levar uma bronca dos pais é terrível. Mas sinceramente não é pior do que levar uma bronca por uma coisa que você não fez.
- Você levou uma tremenda sorte de as freiras não te expulsaram.
Esqueci de comentar, mas a minha escola é comandada por freiras e padres o que só piora um pouquinho a minha situação.
Quer saber isso é um saco.
- Como castigo você vai ter que lavar a louça por um mês. – Minha mãe continuava a falar só que agora de uma forma um pouco mais calma.
Eu nunca precisei lavar a louça nem fazer nada em casa porque a gente tem uma situação financeira boa e quem fazia isso era uma empregada. Lembro do primeiro dia que ela apareceu aqui em casa toda molhada pois era um dia de chuva, nos disse que precisava de um abrigo que não tinha nde morar com a filha que estava esperando. Depois de muita conversa meus pais disseram que a filha e ela podiam morar e comer lá em casa e em troca teria que trabalhar como empregada e eles pagariam um pouco menos porque descontariam a moradia e alimenteação a Janice aceitou na hora e desde então nunca precisei fazer nada.
- E não vai poder sair de casa a não ser para ir para a escola. – Agora era papai que dava o castigo dele.
É melhor eu nem reclamar do castigo ou eles iam o aumentar ainda mais, já sabia disso, por isso baixei a cabeça e fui para o meu quarto lá eu vou ter muito tempo para pensar na vingança perfeita.
Ramón Valdez (Seu Madruga) diria: “A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena”. Mas eu não me importo. Que a minha morra envenenada. Eu não quero nem saber Isaac vai ter o que merece.
Enquanto a ideia passava pela a minha cabeça o telefone tocou. Atendi na esperança de ser Catarina. Infelizmente eu estava enganada.
- Me perdoe por favor. Eu não quis fazer aquilo. – Eu não podia acreditar na no quanto uma pessoa poderia ser sínica.
Eu não respondi nada apenas desliguei o telefone na cara dele.
Foi então que eu fiz uma coisa inteiramente tomada pela raiva. Desci as escadas correndo, avistei a minha mãe na cozinha fazendo a janta e pedi simplesmente para ela me trocar de escola. Não me importava em ficar longe da Catarina, vai ser melhor assim.
- De jeito nenhum Clara. Você faz as coisas erradas e quer fugir? Quer fazer igual avestruz que quando está com medo enfia a cabeça dentro do buraco para fugir do problema? De jeito nenhum você tem que aprender a enfrentar os problemas. Cada ato tem as suas consequências, em frente a sua.
Eu não sei o que realmente passava pela minha cabeça. Nem sei realmente se era pela minha cabeça ou pelo meu coração. Um misto de raiva, amor, ódio, confusão. Passava todas as cenas daquela hora dentro do ônibus pela a minha cabeça misturadas com a de quando éramos pequenos que brincávamos juntos. Em quanto isso minha mãe falava. Tudo isso se misturou e um sentimento dentro de mim aflorou, mas eu não sei como ele era, não sei como explicar. Só sei que saí correndo.
Quebrei as regras que tinham sido empostas logo cedo. Fui correndo, mas não sabia para onde estava indo. E nessa hora eu não vi mais nada. Só senti como se alguém tivesse me empurrado a metros de distância. Tudo ficou colorido, depois branco e por último preto foi aí que entrei em um sono profundo, não ouvi mais nada do barulhão que estava em minha volta.
No momento mil coisa vinham e iam dentro de mim: o que está acontecendo comigo? Por que eu fiz isso? Eu não quero morrer. Mas eu não conseguia pronuncia nada por mais que eu tentasse. A última palavra que eu sei que consegui falar para alguma pessoa qualquer foi Isaac.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

                                                                   Capitulo 2



- Sinceramente Isaac nunca poderia imaginar que você poderia fazer uma coisa dessas comigo. Te conheço a tanto tempo, desde que que éramos pequenos brincávamos tantas tardes juntos. – Eu falava quase chorando estava tentando conter para não passar mais vergonha ainda. – Quando você se mudou para outra cidade eu fiquei tão triste e lembro que a sua mãe falava que você também ficou triste, por mim e por ter se mudado sem ela. Mas agora vejo que aquele Isaac não existe mais. Aquele Isaac é passado. – Não deu mais para conter o choro, as lagrimas caíram sem eu mesmo querer. – Aquele Isaac ficou no passado e vejo que não existe mais nada dele em você.
Eu terminei de falar e saí correndo pelo corredor do ônibus, não queria ficar mas chorando na frente de todo mundo, mas se como não bastasse toda a humilhação Isaac segurou o meu braço não deixando que eu saísse dali.
- Clara, por favor da onde você tirou que nos dois éramos amigos? Eu nunca te conheci antes de vir morar para cá este ano. Ao contrário de você que diz me conhecer a tanto tempo. Quando eu cheguei aqui você veio toda amiga, sorrindo me abraçando e dizendo que estava com saudades. Você estava tão na minha gatinha e eu te disse desde o começo que eu não te conhecia. – Ele não estava falando comigo em um tom de briga e sim em um tom sarcástico. Ele estava meramente rindo da minha cara.
- Isaac me larga eu já estou cansada de mais uma de suas mentiras. Eu que não te beijei, assume que perdeu a sua aposta e aproveite e assume que me conhece desde que você nasceu. Aliás nunca mais olha na minha cara, nunca mais fale comigo. Me esqueça.
Ele soltou o meu braço e eu saí correndo de vez. Não dava para acreditar Isaac teve a coragem de chegar dentro do ônibus e falar para todo mundo que eu tinha agarrado ele e não tinha o deixado terminar o trabalho de tantos beijos que eu dava nele e que aposta estava ganha e para provar ele levou até um foto que claro devia ser uma montagem.
 Ninguém acreditou em porque ele tinha uma ‘prova’ nas mãos, ele armou tudo contra mim. Mas o meu castigo foi maior de que a falação geral, quase fui expulsa da escola e levei uma suspensão de uma semana e mais uma semana de trabalhos voluntários para a escola. E o Isaac mais uma vez a com sua fama de galã. Eu nunca mais olho na cara daquele garoto.
- Clarinha não chora meu amorzinho. – Escutar a voz da Catarina era sempre bom. Ela era minha amiga já a tanto tempo, sempre me ajudava nas horas difíceis. – Fica calma, não liga para o Isaac.
- Ficar calma como ele me humilhou na frente de todo mundo. Além disso como eu vou explicar isso para a minha mãe?
- Fala a verdade, mas não toda a verdade. Fala que você deu só um beijo nele.
- Catarina eu não dei nem um beijo nele. Nem você a minha melhor amiga acredita?
- Você pode falar para mim Clara. Eu não vou julgar você, porque nem eu resistiria a um gato daqueles.
- Catarina eu não o beijei. NÃO O BEIJEI.
- Tá bom Clarinha eu acredito em você. Agora erga a cabeça e vamos desembarcar desse ônibus.
Ao contrário do a Catarina falou coloquei a toca do meu casaco, esperei todos saírem para então eu ir. Não queria ouvir os comentários do que estavam falando sobre mim. A única coisa que eu sentia naquele momento era humilhação. Uma humilhação total que se alastrava numa grande tristeza dentro de mim. Eu não sei porque mais isso foi ainda pior vindo dele. Aqueles olhos verdes nunca mais vão me ver.
Neste momento só de uma coisa eu tenho certeza isso não vai ficar assim.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Meu livro

Caros leitores, eu como já mencionei aqui estou escrevendo um livro. Não tenho um titulo ainda por isso peço a colaboração de vocês para me ajudarem na escolha...
Deixem suas opiniões e criticas sinceras.

Clara e Isaac


Capitulo 1

Meus olhos estavam grudados nos do dele. Não sabia como desviar o olhar. Na verdade não tinha como desviar. Estava imobilizada, parada sem reação mais uma vez. Sempre acontece isso quando estou perto dele. Não queria que isso acontecesse, mas na real isso sempre acontece.
Seus olhos verdes estavam iluminados com a luz da lua que refletia. Lua cheia, linda e exuberante que estava no céu daquela noite acompanhada de várias estrelas. A culpa eram delas, eram por elas que estávamos ali.
Estávamos as observando por um telescópio em um passeio da escola. Cada cabine cabiam duas pessoas. Fomos divididos em duplas e não sei se por sorte ou azar a minha dupla era o dono daqueles olhos que agora tinham parado de me olhar para ver mais uma vez o brilho delas pelo telescópio enorme que estava em nossa frente.
- Clara, olhe como as estrelas são tão lindas e fascinantes.
- Sim Isaac, são lindas e você sabia que estão dentro de seus olhos?
- Meus olhos estão ainda mais lindos então. Você sabe que eu só conheço uma coisa mais lindas do que isso que podemos ver tão claramente aqui.
- O que é Isaac?
- Eu claro, olha como sou lindo.
- Que bobo convencido você é. Chato, chato e chato. – Dei vários tapas nele. Claro que ele correu, mas não tinha muito espaço. Logo chegou a parede. Isaac segurou os meus braços.
- Você nunca mais vai sair daqui agora. Vou te prender para sempre. – Eu já falei para mim mesmo que ele é um chato. Eu não gosto dele. Mas não sei porque eu me sinto assim com sua presença. Deve ser porque ele é insuportavelmente bobo.
- Me solta Isaac. – Já estava estressada com ele.
- Já te disse que nunca vou te soltar. – Ele tem o dom de saber me irritar.
- Você está machucando os meus braços. Isaac já te disse para me soltar.
- E se eu não te soltar o que você vai fazer? Me bater? A esqueci você não pode estou segurando os seus braços.
- Garoto você é extremamente... – Ele não deixou eu completar a frase.
- Lindo eu sei. – Me cortou para falar besteira.
- Não lindo mas sim... – Novamente a frase ficou sem complemento. Ele não me soltou. Mas mudou a forma de me prender. Isaac me abraçou. Estranhei a sua reação.
Mais uma vez fiquei sem saber o que fazer. Por um instante eu o abracei também. Seu abraço era gostoso. Era aconchegante. Mas o soltei logo ele era muito chato para eu ficar abraçado. Era muito convencido. Até hoje eu não sei como eu o suporto. Claro que ele não me soltou tão rápido.
O abraço era somente um pequeno pretexto. Ele queria mesmo era mostrar que eu também ia cair na sua lábia. Mas eu não sou igual as outras. Mas não sou mesmo!
- Isaac me solta AGORA!
- Só te solto se você me der um beijo.
- Isaac, serio para com as suas palhaçadas de se achar o galã da escola, galã do universo e me solta.
- Tudo bem eu te solto. Mas só porque está na hora de voltar para o ônibus, e não quero o perder. Sei que você estava doida para me dar o beijo.
- Isaac se enxerga. Olha com quem você está falando. Sou a Clara e não uma de suas fãnzinhas histéricas que fica gritando em quando você finge que canta em cima de um palcozinho mequetrefe do interior de Santa Catarina, uma cidade que ninguém do mundo sabe que existe.
- Se você tem tanta raiva assim de mim por que me abraçou àquela hora?
- Foi um segundo de besteira. De fraqueza. Aliás o pior segundo de minha vida. Agora vamos logo para o ônibus não quero ficar esquecida aqui ainda mais com você.
- Vamos mas para de ser tão braba. Eu sei que atrás desse corpinho lindo. Porque vou te contar você é realmente uma... Esquece nem vou falar. Não quero apanhar mais. Tem uma pessoa que me ama e morre de amores por mim.
Sinceramente esse garoto não se enxerga. Deixei ele ir na frente, não queria me incomodar mais ainda com ele.
Nos éramos tão amigos quando pequenos. Éramos vizinhos e nossas mães viviam uma na casa da outra. Brincávamos a tarde inteira sem brigar. Quando ele se mudou para ir morar com o pai em outra cidade confesso que fiquei triste, perdi o meu amigo de brincadeira de quase todas as tardes.
 Deve ter sido nesse tempo que ele morou com o seu pai que ele se tornou tão chato, bobo e convencido. Mas também ótimo cantor e lindo, tenho que admitir mas só para vocês. Não contem nada a ninguém por favor.
Agora ele voltou mudado.
Mas eu não esperava que fizesse o que ele fez. Isso nunca. NUNCA.
Esse não é o Isaac que conheço.

Vou começar postando aqui um texto que eu adoro da atriz e escritora Alice Wegmann

Sou



Às vezes, tenho vontade de dar início a um projeto revolucionário. Tenho vontade de mandar no mundo, organizar tudo, mas do meu jeito. Vontade de mandar todo mundo parar um pouco e prestar atenção no que faz. Mas aí… aí eu me comparo ao resto e vejo que faço igual. Porque ninguém é perfeito, ninguém é correto, ninguém é ideal. Não existe, na verdade, um padrão. Nenhuma regra imposta que te impeça de ser do jeito que você é; louco, carismático, otimista, criativo, impaciente. Nenhuma lei que te faça ser do jeito que querem que você seja, e não do jeito que você quer. Existe, sim, a liberdade; de ser uma coisa só, ou de ser de tudo, um pouco. Por isso, seja. Seja quem quiser e o que quiser, do jeito que julgar correto, incorreto, bom ou mau. Não existe verbo mais forte para um indivíduo do que o “ser” conjugado na primeira pessoa do singular. Sou. O “somos” só depende dele. Não se preocupe com o “legal” da sociedade, o que se julga ser interessante para os outros. Se quiser seguir um exemplo, siga, mas saiba criar e pensar do seu próprio jeito. Crie-se. Seja.
Bom Dia... Boa Tarde...Boa Noite...Dependendo da hora que vocês estão lendo... :D

Caros leitores meu nome é Bruna, tenho 15 anos, faço aniversário dia 12 de maio, sou taurina e adoro ler, escrever e ouvir música.
Este é um blog voltado para a escrita e a leitura. Claro que eu vou escrever e vocês vão ler, mais isso não vem ao caso. Vocês podem dar dicas de textos, livros, criticas e sugestões, podem até serem meus amigos se quiserem e me ajudar a escrever os  textos.

Aqui é um lugar onde tentamos ser bem ecléticas, mas invariavelmente acabamos lendo mais romances do que qualquer outra coisa.

Outras paixões que compartilhamos aqui no blog são os filmes e séries que assistimos, somos apaixonados por uma boa história seja ela escrita ou cinematografada...

Fiz esse blog também para compartilhar com vocês, caros leitores, o livro que estou escrevendo, gostaria muito das opiniões sinceras de vocês sobre o meu livro e qualquer outro texto.

Agradeço desde já.

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